quarta-feira, 27 de junho de 2012

Administração Pública e Política


      1) Mesmo que os critérios de democracia sejam bem aplicados ao governo de uma associação voluntária muito pequena, seriam aplicados ao governo de um estado?

      Poderiam ser aplicados ao governo de um estado, mas não resultariam tão bem quanto em um governo de uma associação muito pequena. Isso se deve, principalmente, ao fator população. Quanto maior o número de pessoas, mais difícil será manter a participação de todas no governo e ter suas preferenciais individuais igualmente consideradas na conduta do governo.

      2) Poderia alguma associação ser plenamente democrática?

      Possível sim, mas difícil. Pois para uma associação ser plenamente democrática, todos os participantes deveriam ter sua opinião ouvida e considerada e ser mantido direito igual a todos. O que se torna cada vez mais difícil com o aumento do número de participantes.


3) Considerando que nos sirvam de orientação, bastariam tais critérios para o planejamento de instituições políticas democráticas?

Os critérios serviriam como base, mas não bastariam. O planejamento de instituições públicas engloba muitas outras coisas, como fiscalização, transparência, participação popular etc.
     

domingo, 24 de junho de 2012

Não adianta ter boa intenção, tem que funcionar


Palestra Marcos Lisboa no I Forum CLP


Marcos Lisboa começa falando sobre crescimento econômico e desenvolvimento dos países. O por quê de alguns países crescerem mais que outros. As hipóteses antigamente indicadas foram derrubadas a partir do momento que surgiram bases de dados contendo diversas informações sobre todos os países. Permitiu-se então que o crescimento não fosse somente explicado por modelos antigos, pois ao testar a veracidade desses tais modelos, seria possível criar novas teorias para o crescimento econômico.
Algumas das hipóteses que acreditavam serem relevantes para o crescimento, eram a inovação tecnológica e a tradição cultural do país. A inovação tecnológica era vista como a maior razão do crescimento e enriquecimento econômico dos países, mas com o estudo das bases de dados essa idéia foi enfraquecendo com o passar dos anos.
Então Lisboa lista três itens essenciais para a explicação do crescimento econômico de uma nação. O primeiro seria países crescem bem com uma macroeconomia bem organizada, a segunda seria boas políticas sociais, investimento em saúde e educação, indicadores de qualidade de vida bons antes do crescimento, e a terceira instituições importam.
Cita que era dito que o crescimento começava pelo investimento, mas com o estudo das bases de dados foi comprovado que é o contrário que acontece; primeiro surge o crescimento e depois o investimento e a poupança como consequência.
Em geral primeiro cresce a produtividade e depois o investimento e a poupança. Os países se tornam mais produtivos e com isso a renda aumenta. A produtividade não cresce devido somente à inovação tecnológica. Esse crescimento provém de instrumentos de créditos e seguros, de novas e melhores instituições e novas e melhores regras do jogo.
Lisboa diz que temos que ter cuidado com as políticas públicas, pois às vezes a intenção é chegar a um objetivo, mas o resultado se torna outro.
O crescimento também ocorre por causa de pequenas reformas adicionais e o crescimento contínuo da produtividade. Parando com as reformas, a produtividade cai e o ciclo do crescimento acaba. As reformas permitem a criação de instrumentos que financiam o consumo que era inexistente antes da reforma. Instrumentos esses que permitem à população adquirir crédito.
O setor público de hoje se encontra com alguns desafios, como a existência de um desenho institucional onde a carga tributária tende a crescer, aumentando o custo do investimento e diminuindo o crescimento; o Brasil gasta muito para manter a qualidade dos produtos que gera, normalmente o país primeiro cresce se tornando desenvolvido para depois começar a gastar;  a tendência do crescimento da receita a virar gasto.
 O gasto público não feito de forma eficiente tem um efeito negativo, como a valorização do câmbio. Forçar a valorização do câmbio prejudica uma parte da economia local.
Temos um Estado que é maior do que o necessário, que podia fazer mais do que faz, pois é possível fazer mais gastando menos, ter melhores políticas públicas com menor carga tributária, o que ajudaria o investimento e o crescimento. A infraestrutura do Brasil está cada vez mais cara e se tornando um obstáculo ao crescimento invés de facilitá-lo.
É proposto por Lisboa que existe no Brasil uma institucionalidade mal definida, pois no Brasil os mandatos não estão definidos e assim toda decisão pode ser questionada. Não sendo claro o que é permitido e o que é fora dos parâmetros. Com isso surge o primeiro desafio institucional, que é a dificuldade nas tomadas de decisão e na definição de atribuições adicionais.
O segundo desafio seria mudar os instrumentos de gestão e controle do setor público. Gestão tem a ver com otimização de processos, fechar as práticas que não funcionam bem.
Lisboa conclui mencionando dois fatores fundamentais para uma melhor dinâmica do setor público brasileiro. Primeiro o desenho das instituições, o desenho dos programas, importa; não adianta o programa ter boa intenção, tem que ter um resultado concreto. E segundo, sem ter transparência dos resultados, não se sabe o que funciona bem e o que funciona mal.
Com isso pode-se dizer que reformas feitas nas áreas da microeconomia do país podem ser mais relevantes para o crescimento econômico do que grandes decisões na macroeconomia.

Posso começar a fazer a relação da palestra de Marcos Lisboa com a aula sobre Interfaces entre Economia e Administração Pública citando que tanto no Neoinstitucionalismo quanto na opinião de Marcos Lisboa, as instituições importam para o crescimento econômico. O gasto público feito de forma não eficiente e o grau de corrupção percebida influenciam negativamente o desenvolvimento econômico. E o governo deve especificar os direitos de propriedade para que as decisões não possam ser questionadas, como foi mencionado por Lisboa.

terça-feira, 22 de maio de 2012

A evolução do homem


Escola Comportamentalista


1-      Quais são os elementos-chave de um estudo “científico” do comportamento humano?
A pesquisa científica do comportamento humano se fundamentaria no desenvolvimento de um problema, levantamento de algumas hipóteses sobre as relações entre as variáveis relevantes e montagem e realização de um projeto de pesquisa para testar essas relações. As descobertas seriam incorporadas ao corpo mais amplo dos conhecimentos teóricos do campo em questão.
Todo cientista que realizasse o mesmo experimento, sob as mesmas condições, chegaria ao mesmo resultado, confirmando assim a objetividade do estudo e do método. Por isso que a pesquisa científica deveria ser rigorosamente disciplinada e empírica, para que os cientistas pudessem confiar que a explicação dada era a explicação correta e que a pesquisa foi baseada em observações da realidade objetiva e não subjetiva.

2-      Discutir as diferenças fundamentais entre Dahl e Simon no que tange ao estudo da administração.
Simon sugeriu a possibilidade de separar fatos e valores no estudo do comportamento administrativo e de empreender um rigoroso programa de pesquisa experimental, com intuito de produzir uma teoria cabal da administração. Afastou-se de sua conexão com a ciência política e a administração pública, dando preferência a uma abordagem genérica. Com isso os meios seriam privilegiados em relação aos fins e as técnicas administrativas receberiam precedência sobre os princípios políticos.
Dahl observou que a interpretação positivista da ciência sugeria que as ciências sociais, incluindo o estudo das organizações, poderiam e deveriam ser imparciais em relação aos valores. Também afirmou que o estudo da administração pública tem que se fundamentar no estudo do comportamento humano. Reconhecia que os problemas centrais da administração pública giram muitas vezes em torno de seres humanos e que eles não podem ser ignorados nesse estudo.

3-      Em que consiste o “modelo racional” de administração? O que significa “homem administrativo” para Simon?
O modelo racional de administração é considerado um modelo para o comportamento humano nos contextos organizacionais. Onde o ser humano consegue separar os fatos dos valores, criando uma visão mais objetiva das situações. Impedindo que a subjetividade interfira nas tomadas de decisão. Essa postura é de alguém que vê a eficiência como seu principal alvo. Nas organizações é implantado um jeito de moldar o comportamento humano em padrões racionais voltados ao cumprimento dos objetivos da organização.
O home administrativo aceita os objetivos organizacionais como premissas de valor de suas decisões, é particularmente sensível à influência dos outros membros de sua organização sobre ele, desenvolve expectativas estáveis sobre o próprio papel em relação aos objetivos da organização. As influências organizacionais não apenas levam o homem administrativo a fazer certas coisas específicas, mas incutem nele também um padrão de ação adequado, em cooperação com os outros, para promover as objetivos da organização. Ele desenvolve hábitos de comportamento cooperativo. Ou seja, o home administrativo é aquele cujos valores e objetivos pessoais são trocados pelos valores e objetivos da organização.

4-      Discutir o modelo “incremental” de tomada de decisão desenvolvido por Lindblom.
O modelo incremental também pode ser chamado de modelo das sucessivas comparações limitadas.
Seguindo o método incremental, o policy-maker se comprometeria com um objetivo limitado a ser atingido pela política, esboçaria umas poucas opções que estivessem prontamente disponíveis e decidiria pela opção que conciliasse os valores eleitos com os instrumentos escolhidos para alcançá-los. As comparações seriam limitadas às experiências passadas do administrador e provavelmente propiciariam apenas soluções parciais. Por esta razão, o policy-maker alimentaria a expectativa de repetir indefinidamente esse processo incremental em resposta às circunstâncias em fluxo.
Contrariando o ideal sugerido pelo modelo racional de tomada de decisão, o modelo incremental afirma que na vida real jamais é possível classificar e escalonar por ordem de importância todos os valores dos objetivos relacionados a um dado problema. Os cidadãos, os funcionários eleitos e outros administradores podem divergir quanto as suas preferências. Também diz que as políticas públicas mais eficazes são aquelas que já estão em vigor e que foram acordadas por uma ampla gama de partes concorrentes interessadas. O tomador de decisão pode simplificar ou reduzir o processo de escolha a decisões administráveis. Não é mais necessário levar tudo em conta, como sugere o modelo racional.

5-      Quais são as diferenças entre os “sistemas fechados” e os “sistemas abertos”?
O sistema fechado se interessa basicamente pela eficiência na consecução dos objetivos. Procura-se empregar os recursos da organização de maneira funcional, com cada uma de suas partes contribuindo para a lógica do sistema e com mecanismos de controle projetados para reduzir a incerteza.
O sistema aberto pressupõe que não podemos ter conhecimento completo de todas as variáveis que possam vir a influenciar a organização nem prever e controlar sua influência. Sugere que cultivemos a expectativa de surpresa ou incerteza.

6-      Qual o enfoque dado pela Escola Comportamentalista para os indivíduos, grupo e organizações?
A Escola Comportamentalista ou Behaviorista da Administração vai se preocupar com as ciências do comportamento e abandonar as posições normativas e prescritivas das teorias anteriores.

7-      (a) Descreva e diferencie as teorias motivacionais de Herzberg e Maslow. (b) Há alguma similaridade entre eles?
a)A hierarquia das necessidades de Maslow mostra que somente quando o indivíduo consegue suprir uma necessidade de um nível inferior é que surgem outras necessidades de níveis superiores. Quando uma necessidade é suprida, ela deixa de atuar como força motivadora. É importante salientar que o surgimento de uma necessidade não está obrigatoriamente condicionado à integral satisfação da necessidade anterior. Os níveis de satisfação para cada necessidade variam de sociedade para sociedade.
A teoria dos “dois fatores” de Herzberg foi formulada para explicar melhor o comportamento das pessoas em uma determinada situação no trabalho. Herzberg chegou à conclusão de que os fatores responsáveis pela satisfação profissional são totalmente desligados e distintos dos fatores responsáveis pela insatisfação profissional: o oposto de satisfação profissional seria nenhuma satisfação profissional e não a insatisfação, enquanto o oposto da insatisfação profissional seria a nenhuma insatisfação profissional e não a satisfação.
A diferença entre as duas teorias motivacionais citadas acima seria que enquanto Maslow aborda mais uma satisfação abrangente, proveniente do suprir uma necessidade qualquer, Herzberg aborda a satisfação profissional oriunda do ambiente de trabalho.
b)A similaridade existente é a busca pela satisfação explanada nas duas teorias.

8-      Os estilos de administração propostos por McGregor – Teoria X e Teoria Y – ainda são vivenciados nas nossas organizações? Por quê?
Sim, os dois estilos de administração discutidos por McGregor são bem comuns de encontrar.   
Esses estilos de administração acontecem devido à política que a organização pratica. 
A Teoria X pode ser relacionada com organizações públicas, onde o funcionário não tem ambições, se contenta com o cargo em que está, só faz o que é responsabilidade de sua função e não procura crescimento profissional.
A Teoria Y é encontrada mais em organizações privadas, principalmente aquelas que possuem planos de cargos e salários. Esse plano serve como motivação ao funcionário na busca pelo crescimento profissional, pois sabendo qual será a recompensa final, o funcionário trabalha mais para chegar até seu objetivo.

9-      Qual a relação entre os estilos de administração, sistemas de administração e processo de tomada de decisão?
A meu ver a relação existente ente os estilos de administração, sistemas de administração e processo de tomada de decisão é a formação de uma organização. Juntando esses três itens se cria um tipo de organização e demonstra quais os meios que a organização usa para chegar a sua eficiência, eficácia e efetividade.

10-   (a) Quais as principais contribuições da Escola Comportamentalista à administração? (b) E quais as críticas que podem ser feitas a essa escola?
        a)A Escola Comportamentalista procurou dar ênfase e continuidade na análise das organizações por meio de conceitos relacionados a organizações informais, cultura, valores, relações interpessoais, atitudes e desejos e expectativas dos grupos e indivíduos. Os comportamentalistas preocupavam-se mais em explicar e descrever as características do comportamento organizacional do que em construir modelos de aplicação. Deram ênfase na organização baseada no consenso e na colaboração, em vez de no comando e na obediência. Privilegiam as organizações mais democráticas, menos estruturadas hierarquicamente e menos autocráticas, com base na equalização do poder. Procuraram enfatizar os aspectos teóricos e os práticos; o ambiente micro e macro para análise de suas pesquisas; os aspectos da organização informal e da formal; os aspectos cognitivos e afetivos. Produziram as principais teorias acerca da motivação humana. Analisam as organizações do ponto de vista dinâmico do seu comportamento e estão preocupados com as pessoas como indivíduos. Deram enormes contribuições à nossa compreensão da motivação individual, do comportamento de grupos, das relações interpessoais no trabalho e da importância do trabalho para as pessoas.
        b)Os comportamentalistas cometeram um equívoco no momento em que procuraram padronizar suas proposições; deixando de lado as diferenças individuais de personalidade.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Casos de Drucker

Caso 2
O que são "resultados" em um hospital?

Há algum modo de resolver as dúvidas de Armstrong? Ou será que a "Saúde" é tão intangível que não se presta a definições, objetivos e padrões de medida?


Na minha opinião as dúvidas de Armstrong não serão cessadas tão facilmente, pois o Setor da Saúde é muito delicado por causa da responsabilidade sobre a população atendida. Essa responsabilidade sobre a vida das pessoas mexe com o emocional e o racional de qualquer profissional.
Uma forma de amenizar essas dúvidas é ouvir opiniões e pedir recomendações de profissionais que trabalham na área administrativa de hospitais. Com isso se percebe quais critérios são mais rotineiros nas tomadas de decisão.
O Setor da Saúde é dividido em diversas áreas da medicina, tendo cada área seus objetivos e prioridades específicas. Enfatizando ainda que a Saúde é essencial à todos, fazendo com que o número de pessoas envolvidas seja cada vez maior. Quanto maior o número de pessoas, maior a diversidade de opiniões e menor a chance de chegar a um senso comum.
Acredito que a chance de chegar a um consentimento de definições, objetivos e padrões de medida no Setor da Saúde é remota, devido ao que foi destacado acima.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Faz parte!


Burocracia (Exercício 05)


Seção I – Experiência exterior
No ano de 2009 perdi minha carteira de identidade e precisei dar entrada em outra.

Seção II – Reflexões e generalizações
Fui ao DETRAN com os documentos necessários para pedir a segunda via da carteira de identidade, mas não pude dar entrada. Seria preciso primeiramente fazer uma nova certidão de nascimento visto que na minha certidão original não estava especificado que a Maternidade Carmela Dutra era a Carmela Dutra de Florianópolis, só estava especificado o estado Santa Catarina. O argumento do funcionário que me atendeu foi que existe outra Maternidade Carmela Dutra em outro estado e enquanto eu não apresentasse uma nova certidão de nascimento com a cidade onde se localiza a maternidade, não seria possível pedir a segunda via da carteira de identidade.

Seção I – Experiência interior
Achei completamente desnecessário o pedido para fazer uma nova certidão de nascimento. O argumento do funcionário não me convenceu, mas mesmo assim fui ao cartório solicitar uma nova certidão. Caso contrário iria demorar cada vez mais até eu ter minha carteira de identidade em mãos.

Seção II - Reflexões e generalizações
Esse fato deixou claro para mim como um simples detalhe pode atrasar todo um processo. 

segunda-feira, 26 de março de 2012

Denhardt fala ao Brasil


Robert B. Denhardt, professor de Administração Pública da Universidade do Arizona, envia sua mensagem para o lançamento de seu livro "Teorias da Administração Pública" (Editora Cengage Learning, 2011) traduzido para o português pelo professor Francisco G. Heidemann, da Universidade do Estado de Santa Catarina.

Administração versus Política (Exercício 04)


1.       Em sua visão, o que é pior: um sistema descentralizado de governos (como o das administrações locais nos EUA do século 19), que lá propiciou a “prática política da pilhagem de cargos públicos”, ou um sistema centralizado de governo como o do Brasil, que pode produzir o mesmo efeito?
Comparando esses dois sistemas de governo, acredito que o melhor é o sistema descentralizado como o utilizado nos EUA no século 19. Com o sistema descentralizado, os governos locais possuem grande autonomia e tem poder de tomar suas próprias decisões. Assim cada cidade possui suas próprias ideias, prioridades, valores, etc. Com isso a fiscalização sobre os problemas locais se torna mais fácil, pois a população pode requerer providência diretamente com o governo local.
A descentralização aumenta a capacidade de administrar os governos locais. Em um país grande como o Brasil, se torna cada vez mais difícil para o governo federal saber o que cada região realmente precisa e atender a necessidade de todos, devido a enorme diversidade regional. Cada região é muito diferente das outras; com diferentes necessidades, prioridades e deficiências. A proximidade do cidadão com o governo aumenta com a descentralização, tornando o atendimento à população local mais rápido e eficiente.
Por isso que mesmo que a “prática política da pilhagem de cargos públicos” esteja presente no sistema descentralizado e no sistema centralizado de governo, considero o sistema descentralizado melhor pelo fato de que a descentralização acelera os processos e o atendimento ao cidadão.

2.       Segundo W. Wilson, “o campo da administração é um campo de negócios” e para melhorar a eficiência dos governos é preciso buscar inspiração nos modelos de administração de negócios. Que trunfo tinha na época o mundo dos negócios a ponto de influenciar tanto o pensamento de Wilson em seu estudo da administração pública?
Wilson foi influenciado pelo mundo dos negócios devido à experiência das organizações de negócios e do esforço generalizado de pesquisa sobre gestão científica dos negócios. O estudo da administração de negócios havia se desenvolvido um pouco mais cedo numa sociedade de negócios em rápida expansão, caracterizada por prerrogativas gerenciais extremas e ampla influência social. Outra característica influente foi o mundo dos negócios abraçar amplamente a tecnologia, ampliando-a as máquinas e aos seres humanos. Tornando as máquinas o símbolo da eficiência.
Ou seja, foram as pesquisas, investimentos  e tecnologia presentes no mundo dos negócios que influenciaram tanto o pensamento de Wilson em seu estudo da administração pública.

3.       Contrastar as visões de administração sustentadas por Hamilton e Jefferson e discutir sua relevância para a administração pública de hoje.
Hamilton sustentava a ideia de um governo forte, com poder considerável concentrado no executivo. Segundo Leonard White: “A preferência federalista pelo poder executivo era reflexo fiel de sua desconfiança do povo. Segundo sua visão, somente de homens de negócios com sólida educação, de homens com formação intelectual e experiência ampla – em suma, de homens de classe superior – é que se poderia esperar uma percepção inteligente sobre uma boa política pública”. Esta preferência de Hamilton pela prerrogativa executiva também possuía uma questão de princípio administrativo.
Em sua visão, a ação deve ter uma orientação clara, vinda de um executivo unificado, para assim ser eficaz. O executivo não poderia funcionar sem ter uma unidade de comando que dê a resposta final cujas decisões sejam acatadas por todos. Sendo assim, um centro único de poder seria um centro único de responsabilidades.
Jefferson observou que o problema da administração e da organização estava diretamente ligado ao problema da extensão da noção da democracia.  Lynton Cadwell destaca: O governo deve ser descentralizado, a ponto de permitir que cada cidadão possa participar pessoalmente na administração dos assuntos públicos e... o governo deve ser vir para educar o povo em sabedoria política e formar uma cidadania que dependa de si mesma”. Esses dois princípios são centrais à teoria administrativa de Jefferson.
Jefferson argumentava em favor de limites legais e constitucionais rigorosos para o poder exercido pelo órgão executivo, com o intuito de garantir a responsabilidade dos funcionários públicos.
Enquanto Hamilton era a favor de um poder executivo forte e unificado, sem a participação popular; Jefferson acreditava na participação popular junto a um governo descentralizado.
Essas visões demonstram os dois extremos que uma administração pública pode vir a ser, o que acaba dividindo opiniões e criando discussões dentro do setor público. A sua relevância entra no sentido de tê-las como base para uma reflexão do que seria melhor para a sociedade. Analisando os pontos fortes e fracos de cada uma, seria possível criar uma nova visão que poderia ser posta em prática pelos agentes públicos.


4.       Discutir as origens da dicotomia entre política (politics) ou política pública (policy) e administração. Faz alguma diferença você usar a palavra “política” ou “política pública”? Isso muda o debate?
A política está preocupada com a expressão da vontade do Estado nas políticas e a administração está preocupara com a execução desta vontade. Segundo Goodnow, enquanto as duas funções primárias de governo são passíveis de distinção, não se consegue definir com tanta clareza os órgãos do governo aos quais se confia o cumprimento dessas funções. É desse ponto que surge a necessidade de separar a política da administração, para obter uma melhor definição de cada um e de suas funções.
Quando se fala em política, subentende-se que é tudo que ocorre no setor político do país. O que os governantes estão fazendo ou deixando de fazer; anúncios de novas leis, corrupção, cassação, nomeação, contratação; onde os políticos estão indo e qual o motivo; esses tipos de acontecimentos. Já política pública deixa a entender que são as normas aplicadas naquele governo, o que deve ser seguido pelos cidadãos e pelos chefes de Estado. São sentidos que podem ser dados ao termo política e ao termo política pública, por isso o debate pode mudar dependendo do termo utilizado.

5.       Se vivemos numa sociedade democrática, por que permitimos que tantas instituições em nossa sociedade – mesmo as governamentais – sejam governadas de maneira hierárquica e até autoritária?
Nessa situação entra a questão de que às vezes a democracia não é sinônima de eficiência. Se toda instituição tivesse como objetivo a democracia interna, dificilmente chegaria ao seu objetivo primordial. Levaria muito tempo para que todos entrassem em consenso sobre todos os assuntos e quesitos referentes à empresa. Enquanto esta empresa estaria decidindo qual caminho tomar, as outras do mesmo setor já estariam com suas providências tomadas e com seu produto no mercado.
Uma instituição autoritária é necessária para que os fins sejam alcançados, para que as atividades sejam delegadas e cada um saiba os seus deveres dentro da empresa. Assim a empresa se mantém no mercado, consegue concorrer com outras e não chegará à falência.
Em relação às instituições governamentais, os motivos são os mesmos das empresas privadas. Para que os fins sejam alcançados, para que as atividades sejam delegadas e cada um saiba os seus deveres. Assim o governo consegue concretizar seus programas, planos e promessas para com o cidadão. Mantendo o Estado em ordem.

6.       Discutir o conceito de eficiência como medida de sucesso em organizações públicas. Que outros conceitos também poderiam ser considerados medidas de sucesso?
Como escreveu Dimock (1936ª, p.7) a definição institucional proposta por Willoughby confirmou a visão mais antiga, de Wilson e outros, segundo a qual a administração do governo se equipara com a gestão de assuntos organizacionais em qualquer esfera e tem a eficiência como seu interesse primordial. O interesse por questões estruturais, gestão científica e eficiência organizacional somente foi possível em função de uma definição institucional da administração pública e do pressuposto de que a política ficasse de fora. Somente com o surgimento da visão de que a administração poderia ser estudada separadamente da política se tornou possível a adoção das técnicas e abordagens da gestão de negócios.
Nas organizações públicas, a eficiência está subentendida quando falamos de alcançar metas, melhorar os profissionais e abrir mais cargos por concursos, diminuindo os cargos comissionados. Outros conceitos que poderiam ser considerados medidas de sucesso seriam o nível de igualdade e democracia daquela população; a maior integração do povo com a administração pública, aumentando a exigência popular e o índice de transparência dos governos locais.

7.       Discutir a “gestão científica” e seus críticos. Que efeito persistente tem a gestão científica na administração pública?
Os cientistas sociais ainda não tinham resolvido a questão do que significava ser científico em relação à compreensão da vida social. Pode-se dizer que os primeiros autores de administração pública foram ingênuos e pouco sofisticados em seu entendimento da ciência, mas seus críticos posteriores também não deixaram de errar. A concepção particular de ciência que veio dominar o estudo da gestão, na metade do século 20, era limitada em sua compreensão da vida organizacional.
A ingenuidade dos primeiros cientistas da gestão está refletida no trabalho de Frederick Taylor. Taylor (1923, p.7) achava que “a melhor gestão é uma verdadeira ciência, que se baseia em leis, regras e princípios claramente definidos”. Na base desta ciência está o estudo do comportamento dos trabalhadores individuais, que é movido pelo interesse de aumentar sua eficiência. A gestão científica também implica a extensão ou aplicação desses princípios científicos a todos os domínios da atividade produtiva. Segundo Taylor, no nível técnico, os trabalhadores mais especializados de qualquer época sabiam como se poderiam executar melhor as tarefas; sua sabedoria popular permitia que desenvolvessem os processos de trabalho mais eficientes. O que Taylor propunha era pesquisar os vários componentes do trabalho, de maneira científica, e em seguida tornar seus resultados conhecidos, para que todos os trabalhadores pudessem utilizar o que antes era exclusivo de poucos. Ao estudar o tempo e movimentos necessários para a execução até das tarefas comuns, Taylor procurou demonstrar que a gestão poderia melhorar a eficiência do processo produtivo.
A gestão científica recomenda que os gestores vejam os trabalhadores como máquinas a serem programadas para o rendimento máximo. Agora os gestores passavam a ser necessários para projetar e conduzir experimentos, para descobrir as mais eficientes técnicas disponíveis, para planejar processos de trabalho que tirem proveito dessas técnicas e para treinar e supervisionar os trabalhadores que usam essas técnicas.
A gestão científica pode produzir princípios, guias para ação e explicações, com o intuito de auxiliar os administradores públicos a melhorar a eficiência organizacional.

Organizações (Exercício 03)


1)      Que tipos de organizações existem na sociedade? Cite-as.
Existem organizações em todos os setores da sociedade, como o da saúde, educação, financeiro e político. Alguns tipos que podem ser citados são: hospitais, penitenciárias, bancos, ONGs, órgãos do governo, correios, funerárias, escolas, universidades, entre tantos outros.

2)      Quais dessas organizações (referentes à questão 1) exigem mais e quais exigem menos controle de seus membros para funcionar adequadamente? Por quê?
O controle presente nas organizações depende de alguns fatores, como o seu tamanho, número de funcionários, importância na sociedade e responsabilidade sobre os cidadãos.
Esses fatores se relacionam com o aumento da burocracia, pois com maior número de funcionários, funções, grau de importância e responsabilidades; deve-se aumentar o controle para que nada se desvie da direção almejada pela empresa. Assim se torna maior a possibilidade de manter a ordem, as atividades e o objetivo primordial da organização.
Utilizando os exemplos citados na questão 1, podemos concluir que uma escola primária ou uma funerária que atende a população de uma pequena cidade exigem menos controle que um hospital ou uma penitenciária.

3)      Qual a relação entre a burocracia e a democracia? Por que é uma relação complexa?
A burocracia e a democracia tem uma relação inversamente proporcional, ou seja, quanto maior a burocracia, menor a democracia e vice-versa.
Isso se deve ao fato de que com a presença da burocracia são impostas as etapas para concretizar qualquer processo. A burocracia impõe a forma como as coisas devem ser feitas, tirando a liberdade do cidadão de fazer do jeito que ele gostaria.
Por isso que a relação é considerada complexa, pois para uma sociedade democrática funcionar é necessária a burocracia para manter tudo em ordem. Só que se a burocracia controlar demais a sociedade diminuirá a liberdade de seus cidadãos, com isso, diminuirá a democracia existente.

4)      Todas as organizações modernas são burocráticas? Justifique. 
Sim. Para uma organização funcionar corretamente, não tem como escapar da burocracia. Começando pelo registro que deve ser feito para poder abrir essa organização, CNPJ, contratos com funcionários e clientes, atas de reunião, etc. Esses são alguns exemplos que demonstram a presença da burocracia, tornando impossível construir uma organização com sua ausência.

5)      Como as organizações em formato de redes conseguem estar em todos os lugares e em nenhum lugar?
O que possibilita as organizações em formato de redes estarem em todos os lugares e em nenhum lugar são a internet e a presença de computadores na grande maioria das residências.
Para usufruir de seus serviços só é preciso o acesso online, assim todas as pessoas podem acessá-las de qualquer lugar sem precisar sair de casa. Por isso que é possível dizer que as organizações em formato de redes estão em todos os lugares, mas em nenhum lugar ao mesmo tempo. Já que não possuem uma matriz ou sede que obriga os usuários a frequentá-las para poder usufruir de seus serviços. Basta ter acesso à internet.

Não acontece só no Brasil...


Teoria e Prática (Exercício 02)



Seção I: Experiência exterior
                Na época em que fui bolsista da UDESC, trabalhava na Proen (Pró-Reitoria de Ensino) e o que mais ocorria durante o expediente era a utilização da multifuncional para fins particulares, como impressões e cópias de documentos.
Seção II: Reflexões e generalizações
                O que esta experiência me mostrou foi que os funcionários públicos realmente usufruem dos recursos públicos para fins particulares de maneira abusiva.
Seção III: Experiência interior
                Convivendo com este fato no dia-a-dia fui me sentindo cada vez mais a vontade de também usufruir da multifuncional a meu favor, mesmo sabendo que não era o certo a fazer.
Seção IV: Reflexões e generalizações
                Com isso percebi como é fácil se corromper e como é fácil se adaptar aos costumes dos outros.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Apresentação (Exercício 01)


BIOGRAFIA:
Meu nome é Gabriela Martins Brasil. Toda minha família e eu somos de Florianópolis. Nasci no dia 26 de abril de 1991. Resido no bairro Kobrasol desde o dia em que vim ao mundo. Sempre estudei em colégios particulares. Somente após o terceirão que frequentei instituições públicas de ensino, IFSC e UDESC.

PROJETO DE VIDA:
Com toda certeza posso afirmar que meu maior projeto de vida é ter minha independência. Poder me sustentar, obter uma qualidade de vida confortável e resolver meus assuntos e problemas sem precisar de ajuda nenhuma. E para isso se concretizar sei que vou ter que batalhar muito e estudar bastante para ter uma boa formação. Em relação à boa formação já estou no caminho certo, pois sou aluna da UDESC; só resta a eu agarrar esta oportunidade com "unhas e dentes" e usufruir de tudo que esta universidade tem a oferecer. Adquirindo conhecimento e contatos que, em um futuro próximo, poderão ser bem úteis quando eu entrar de vez no mercado de trabalho.

QUEM SOU:
Eu sou a Gabi. Educada. Esforçada. Organizada. Inteligente. Simpática. Agradável. Temperamental. Impaciente. Responsável. Solidária. Tenho várias qualidades e defeitos que se manifestam de acordo com a situação.